Conheça o ‘RECOVERY’

Se você é maratonista ou está se preparando para encarar um desafio destes, deve saber que o volume de treinos seguidos pode provocar inúmeras lesões.

  

Por isso, é bom ficar antenado com o que os atletas e profissionais de ponta também estão fazendo para que nós, que estamos correndo atrás (literalmente), possamos aprender a nos cuidar também uma vez que, se o acúmulo de exercícios exaustivos não for bem administrado, você pode se machucar. Os problemas podem ir desde pequenas rupturas musculares, passando por tendinites, até mesmo fraturas por estresse. E esta é a última coisa que queremos, né?

Por essas e outras, é imprescindível ter acompanhamento de um profissional (sim, sempre vamos bater nessa tecla) para evitar isso ao máximo.

Dentre os diferentes tipos de tratamento feitos por esses atletas de alto desempenho, conheci recentemente o “Recovery”, ou no bom português “recuperação pós-treino”.

Já viu aqueles jogadores de futebol entrando numa banheira de gelo depois da partida? Pois é… aquela é apenas uma das etapas de ciclo múltiplo que tem como principal objetivo agilizar a recuperação muscular para o dia seguinte do treino e, assim, prevenir lesões.

Para entender melhor sobre o assunto, fui conversar com o fisioterapeuta Alessandro Sena, que montou aqui no Rio um circuito para atender a maratonistas, ultramaratonistas,triatletas e ciclistas de longa distância.

Este circuito é dividido em quatro etapas, pensadas meticulosamente para um tratamento sucessivo em fases assim que os atletas terminam seus treinos fortes e longos, que podem passar de 8h.

O circuito do “Recovery” é assim:


1 – Crioterapia por imersão: banheira de gelo que tem função anti-inflamatória onde o atleta fica com as pernas mergulhadas na água a uma tempetarura de 10ºC até 20 minutos.

2 – Bota de compressão: sabe aquele sistema de tirar pressão do braço? A bota, que vai até a cintura, é parecida. Ela acelera a retirada das substâncias liberadas durante o treino intenso e favorece o fluxo de novas, vindas da alimentação.
3 – Compex: eletroestimulação no ponto onde mais incomoda. Tratamento localizado de relaxamento muscular.

4 – Massoterapia esportiva: técnica de massagem que pode ser associada à técnicas de fisioterapia.


Quando visitei o circuito, quem estava fazendo o tratamento era ultramaratonista de montanha Manu Vilaseca, que é uma das adeptas desta técnica. “Depois de um treino de oito horas, a gente fica destruído. Assim que saio daqui já sinto uma grande diferença. Só o gelo já dá uma renovada, e os outros aparelhos complementam muito bem a minha recuperação, assim como a massoterapia esportiva”, disse a atleta.

Mas, segundo Sena, mais importante que o “Recovery”, é a dosagem dos treinamentos feita por um treinador para não haver exageros. “Este circuito não é recomendado para atletas que treinam há pouco tempo nem para os dias que antecedem uma prova. É uma técnica que dura cerca de 1h10 e é indicada para pessoas que estão com treinos acumulados e com volume. Às vezes também monto a estrutura para atender o pós-prova de competições como o Ironman”, comentou.

Vale lembrar que o Recovery não substitui o repouso. Então, respeite o descanso sempre!

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